Bernard Viegas
Cerca
de 30 alunos da Escola Estadual Augusto Meschik conheceram de perto o destino
do lixo produzido pela população durante visita ao Aterro Sanitário de
Petrópolis, nesta quarta-feira (02/05). A atividade, realizada pelo Instituto
Estadual do Ambiente através do Programa Coleta Seletiva Solidária do Estado do
Rio de Janeiro, tinha o objetivo de conscientizar os estudantes sobre a
importância de dar o tratamento adequado aos resíduos que produzimos.
-
É muito importante sabermos como separar nossos resíduos da forma correta, de
onde eles vêm e pra onde eles vão, para que eles possam ter uma destinação
final adequada. Vocês tem um papel fundamental nessa questão, pois se tornarão
multiplicadores desse conhecimento que estão tendo – explicou Raquel Bento,
representante do Inea.
Empolgados
com a visita, os alunos, todos entre 10 e 16 anos se surpreenderam com a
quantidade de resíduo produzido pela população, que é responsável por cerca de
250 toneladas de lixo domiciliar que chegam ao aterro diariamente.
- Eu não tinha idéia do que ia encontrar aqui,
não sabia ao certo o que era feito com nosso lixo que descartamos. As pessoas
realmente precisam saber da importância que elas têm com relação ao meio
ambiente. Estou muito satisfeito com o que aprendi hoje e espero passar para os
meus colegas na escola – afirma Maike Ribeiro, de 15 anos.
Durante
a visita ao aterro, que é gerenciado pela equipe de Engenharia Técnica da
COMDEP (Companhia Municipal de Desenvolvimento de Petrópolis), os alunos também
conheceram todo o processo de tratamento dos resíduos.
De
acordo com os técnicos que trabalham no local, o aterro possui toda estrutura
necessária para garantir a operação correta, como drenos de fundo, tanque de
armazenamento e tratamento primário de chorume, drenos de gases, sistema de
exaustão e queima dos gases.
Depois
de saberem para onde vai o lixo que descartam, os alunos visitaram o local onde
os resíduos que geram são reaproveitados. Nesta etapa da visita, eles
conheceram a Cooperativa de Catadores de Materiais Recicláveis D’Esperança, que
realiza o trabalho de reciclagem com uma equipe formada por 20 catadores.
Durante
a visita, os alunos foram orientados sobre os resíduos que podem ser
reciclados, como devem ser armazenados para o descarte e as dificuldades e
vantagens da coleta seletiva para a comunidade.
- Se o resíduo não for descartado
corretamente todos nós ficamos no prejuízo, pois quando o resíduo é deixado em
um aterro sanitário, este deixa de ser reaproveitado e a cooperativa ou
associação de catador também deixa de ganhar com isso. Mas acima de tudo o meio
ambiente é o que mais sofre quando não fazemos o correto. Por isso é muito
importante que o cidadão saiba separar o resíduo dentro de casa, para garantir
a destinação adequada do mesmo – explicou Dona Adelaide, presidente da
Cooperativa D’Esperança.
Coleta Seletiva nas
escolas
A
atividade com os estudantes faz parte do Programa Coleta Seletiva Solidária,
que realiza a implantação da coleta seletiva na Escola Augusto Meschik. Alunos
e professores estão sendo capacitados para garantir a destinação correta dos
resíduos que são gerados. Após a visita os jovens vão produzir um trabalho
escolar para levar aos outros alunos tudo que aprenderam durante a visita, a
fim de garantir que sejam agentes multiplicadores da coleta seletiva.
No
mês passado todos os alunos da escola participaram de uma palestra sobre a
coleta seletiva solidária. Como próximo passo, o programa vai realizar junto
aos estudantes e professores a elaboração dos coletores de resíduos que serão
espalhados pela escola. Os alunos vão ser mobilizados para fortalecer a coleta
seletiva através da criação de murais informativos para melhorar a sinalização
dos coletores e facilitar a comunicação em toda escola.
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