sexta-feira, 4 de maio de 2012

Estudantes da rede estadual visitam aterro sanitário de Petrópolis



Bernard Viegas

Cerca de 30 alunos da Escola Estadual Augusto Meschik conheceram de perto o destino do lixo produzido pela população durante visita ao Aterro Sanitário de Petrópolis, nesta quarta-feira (02/05). A atividade, realizada pelo Instituto Estadual do Ambiente através do Programa Coleta Seletiva Solidária do Estado do Rio de Janeiro, tinha o objetivo de conscientizar os estudantes sobre a importância de dar o tratamento adequado aos resíduos que produzimos.

- É muito importante sabermos como separar nossos resíduos da forma correta, de onde eles vêm e pra onde eles vão, para que eles possam ter uma destinação final adequada. Vocês tem um papel fundamental nessa questão, pois se tornarão multiplicadores desse conhecimento que estão tendo – explicou Raquel Bento, representante do Inea.

Empolgados com a visita, os alunos, todos entre 10 e 16 anos se surpreenderam com a quantidade de resíduo produzido pela população, que é responsável por cerca de 250 toneladas de lixo domiciliar que chegam ao aterro diariamente.

 - Eu não tinha idéia do que ia encontrar aqui, não sabia ao certo o que era feito com nosso lixo que descartamos. As pessoas realmente precisam saber da importância que elas têm com relação ao meio ambiente. Estou muito satisfeito com o que aprendi hoje e espero passar para os meus colegas na escola – afirma Maike Ribeiro, de 15 anos.

Durante a visita ao aterro, que é gerenciado pela equipe de Engenharia Técnica da COMDEP (Companhia Municipal de Desenvolvimento de Petrópolis), os alunos também conheceram todo o processo de tratamento dos resíduos.

 De acordo com os técnicos que trabalham no local, o aterro possui toda estrutura necessária para garantir a operação correta, como drenos de fundo, tanque de armazenamento e tratamento primário de chorume, drenos de gases, sistema de exaustão e queima dos gases.

Depois de saberem para onde vai o lixo que descartam, os alunos visitaram o local onde os resíduos que geram são reaproveitados. Nesta etapa da visita, eles conheceram a Cooperativa de Catadores de Materiais Recicláveis D’Esperança, que realiza o trabalho de reciclagem com uma equipe formada por 20 catadores.

Durante a visita, os alunos foram orientados sobre os resíduos que podem ser reciclados, como devem ser armazenados para o descarte e as dificuldades e vantagens da coleta seletiva para a comunidade.

- Se o resíduo não for descartado corretamente todos nós ficamos no prejuízo, pois quando o resíduo é deixado em um aterro sanitário, este deixa de ser reaproveitado e a cooperativa ou associação de catador também deixa de ganhar com isso. Mas acima de tudo o meio ambiente é o que mais sofre quando não fazemos o correto. Por isso é muito importante que o cidadão saiba separar o resíduo dentro de casa, para garantir a destinação adequada do mesmo – explicou Dona Adelaide, presidente da Cooperativa D’Esperança.

 Coleta Seletiva nas escolas
A atividade com os estudantes faz parte do Programa Coleta Seletiva Solidária, que realiza a implantação da coleta seletiva na Escola Augusto Meschik. Alunos e professores estão sendo capacitados para garantir a destinação correta dos resíduos que são gerados. Após a visita os jovens vão produzir um trabalho escolar para levar aos outros alunos tudo que aprenderam durante a visita, a fim de garantir que sejam agentes multiplicadores da coleta seletiva.

No mês passado todos os alunos da escola participaram de uma palestra sobre a coleta seletiva solidária. Como próximo passo, o programa vai realizar junto aos estudantes e professores a elaboração dos coletores de resíduos que serão espalhados pela escola. Os alunos vão ser mobilizados para fortalecer a coleta seletiva através da criação de murais informativos para melhorar a sinalização dos coletores e facilitar a comunicação em toda escola.

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