SEA e INEA realizam 1º Seminário Estadual de Combate ao Tráfico de Animais Silvestres
A Secretaria Estadual do Ambiente em parceria com seu órgão executivo Instituto Estadual do Ambiente realiza no próximo dia 03/12, o primeiro Seminário Estadual de Combate ao Tráfico de Animais Silvestres (TAS). O evento, que acontecerá no auditório do INEA, tem como objetivo promover a discussão sobre as formas de combate ao Tráfico de Animais Silvestres e apresentar as recentes ações desenvolvidas pela SEA/INEA e demais instituições.
A abertura oficial do seminário será realizada pela Secretária de Estado do Ambiente, Marilene Ramos e pelo presidente do Instituto Estadual do Ambiente, Luis Firmino. O evento vai contar com duas mesas redondas, que serão abertas para debate com o público. Na parte da manhã o tema discutido será a Educação Ambiental e Direito dos Animais no Combate ao Tráfico de Animais Silvestres. Na segunda parte do seminário, o Cenário Atual do Tráfico de Animais Silvestres vai ser discutido através de quatro palestras.
Para divulgar o Dia de Repressão ao Tráfico de Animais Silvestres também será realizada a Campanha Educativa de Combate ao TAS, que vai acontecer no Largo da Carioca, no dia 01/12. Durante o evento serão realizadas oficinas de Educação Ambiental (Gaiolão Humano, Beija Flor, Solte seu Bicho), exposição de gaiolas reutilizadas, exibição de vídeos, além de apresentação de teatro e grafite.
Quando: sexta-feira (03/12) a partir de 9h
Onde: Auditório SEA/INEA. Avenida Venezuela 110, 6º andar, Praça Mauá.
A ARCA DE NOÉ E AS MUDANÇAS CLIMÁTICAS
ResponderExcluirHá muito anos atrás (período do Regime Militar), circulou um artigo que tinha como título “A Arca de Noé”.
Nele era contada uma pequena estória. Nela o planeta passava por uma fase muito complicada e, para resolvê-la, um tal Noé resolveu construir uma grande arca de modo a colocar um casal de cada ser vivo e, quando o dilúvio chegasse, este grupo sobreviveria para repovoar o planeta.
A estória evolui com a intervenção de um grupo de “iniciados” que aceitaram a idéia, mas consideraram que este era um empreendimento de grande porte e, desta forma, não poderia ser simplesmente conduzido por tal Noé. Seria necessário estruturar um empreendimento que pudesse conduzir a complexidade da construção da arca. Mudaram, de imediato, o nome do projeto que passou a se chamar “Arca das Mudanças Climáticas”.
Os “iniciados” começaram a estruturação do empreendimento: eleição de presidente, diretorias, assessorias, núcleos de pesquisa, contratação de especialistas, secretárias, motoristas, sede própria e sedes descentralizadas em diferentes locais do planeta, enfim, o imprescindível para que um grande empreendimento pudesse ser desenvolvido sem risco.
As tarefas foram divididas em vários Grupos de Trabalho, com reuniões realizadas não nas regiões do planeta onde eram inevitáveis os primeiros efeitos do dilúvio, mas sim em lugares aprazíveis onde os grupos pudessem trabalhar em condições adequadas a importância do projeto.
Inevitável, estes grupos acabaram se dividindo entre “prós e contras” e cada um deles, sem se preocupar com o dilúvio a caminho, resolveram ignorar a variável tempo, consumindo o tempo disponível em apresentar estudos e pesquisas que reforçassem as suas posições. Isso demandou uma grande quantidade de recursos, que foram logo disponibilizados pelos países mais ricos do planeta.
Surgiram especialistas, políticos especialistas, agentes de financiamento especialistas, centros de pesquisa especializados, típicos do entorno de operação de um grande empreendimento.
Sendo muito especializadas, de imediato a sociedade foi relegada a um segundo plano, dado que, na visão do projeto, apenas um casal de humanos, decidido que seria escolhido entre a alta direção do “Arca das Mudanças Climáticas”. Na verdade, logo no início, as informações foram passadas a sociedade, mas em linguagem complicada que levou a um progressivo afastamento do tema, deixando aos “iniciados” a discussão e decisão sobre o assunto.
E o tempo foi passando. Países que tinham “madeira” para a construção da arca tentaram impor condições ao andamento do projeto, mas foram logo afastados pelos países que “detinham a tecnologia do corte da madeira”, de modo a, progressivamente, ir reduzindo o tamanho do grupo dos “iniciados”. Foram observadas denúncias (“Arcagate”), mas, para os “não iniciados”, acabou ficando a dúvida de quem realmente tinha à razão.
Concluindo, passado alguns anos veio o aviso que o dilúvio seria no dia seguinte.
No empreendimento “Arca das Mudanças Climáticas” um desespero total; perdidos entre muitas alternativas não tinham tido tempo para concluir a arca. Ou seja, era inevitável que o dilúvio seria plenamente fatal para todos do planeta.
Mas, do alto da torre de trinta andares construída para fazer funcionar o mega projeto, no dia seguinte, quando a água quase cobria o edifício, foi possível ver uma arca de madeira, com os “não iniciados” liderados por um tal Noé, passando ao largo.
Você já pensou em que grupo está?
Ainda há tempo para escolher o grupo certo.
Roosevelt S. Fernandes, M. Sc.
Núcleo de Estudos em Percepção Ambiental / NEPA
roosevelt@ebrnet.com.br