segunda-feira, 20 de junho de 2011

Carioca comemora o Dia Mundial do Ambiente com muita festa no Aterro do Flamengo



Bernard Viegas

Oficinas de reciclagem e alimentação orgânica, apresentação de balé e muita música foram alguns dos ingredientes que marcaram a festa de comemoração ao Dia Mundial do Meio Ambiente, realizada neste domingo (05/06) no Aterro do Flamengo. Batizado de Festa do Ambiente, o evento, promovido pela Secretaria de Estado do Ambiente e Instituto Estadual do Ambiente, também levou ao público atividades como contação de histórias, grafiteiros, origami, além da instalação de pontos de coleta de óleo de cozinha usado e de material reciclável.

O Secretário do Ambiente Carlos Minc compareceu à festa para dar as boas vindas aos visitantes e convocar o público presente a celebrar a data e a fazerem uma reflexão sobre o futuro ambiental do Rio e do país. Minc lembrou ainda que as atividades realizadas na Praia do Flamengo não podem ficar apenas na memória, uma vez que todos devem estar sempre conscientes sobre os cuidados com o meio ambiente

- Todo dia é dia do ambiente, e não é apenas hoje que devemos parar e pensar no futuro ambiental da cidade. Todo ano comemoramos esta data com atividades de rua, que chamam a atenção da população. Sempre trazemos experiências importantes como a da reciclagem do óleo de cozinha usado, campanhas com o Batalhão Florestal de combate ao tráfico de animais silvestres e queimadas. Todos os envolvidos aqui fazem a sua parte, mas é preciso que a população esteja engajada com esses valores, pois este evento busca realizar educação ambiental e conscientizar o público de uma forma lúdica – disse Carlos Minc

O secretário também demonstrou a importância dos catadores de materiais recicláveis, uma vez que eles reintroduzem os recicláveis na cadeia produtiva, evitando a destinação indevida da fração do lixo que podem ser reaproveitada. O movimento Limpa Brasil, que busca unir esforços de setores da sociedade para remover os resíduos que são depositados de forma inadequada nos espaços públicos, também participou da festa através da Cooperativa de catadores de materiais recicláveis Recooperar.

- Somos um movimento organizado. Catador virou profissão, inclusive reconhecida, nós tivemos um grande apoio do ex-presidente Lula, pois antes o catador nem era recebido no Planalto. Nem 1% do lixo gerado é aproveitado. Por meio do trabalho dos catadores, este material está sendo aproveitado. Procuramos ajudar na conscientização, como neste evento aqui, e nos outros que participamos. Mostramos à população que ela deve entregar o material reciclável às cooperativas e que isso gera renda e trabalho para muita gente – afirmou Sergio de Oliveira, presidente da Recooperar.

Neste domingo, o carioca mostrou que está atento às questões da reciclagem do lixo e a sua importância para o meio ambiente. A advogada Ana Lúcia Pires, moradora do Flamengo deu um exemplo de cidadania durante o chamado Flash Mob, que consiste em uma grande salva de palmas para a pessoa que, ao se deparar com o lixo no chão, o recolhe e joga na lixeira. Sem perceber que estava tudo armado, Ana Lúcia viu e retirou espontaneamente uma garrafa PET do chão, na orla da praia e a colocou na lixeira.

A atitude da advogada gerou palmas e gritos dos organizadores e dos que estavam presentes na feira. Surpresa com o ocorrido, a moradora não esperava ser festejada por uma simples atitude, que segundo ela deveria ser comum a todos. “Jogar lixo no lixo é algo tão simples, mas que faz a diferença. O carioca tem que estar consciente que jogar o lixo na lixeira é uma atitude humana” comentou.

A festa também serviu para relançar a campanha anual Soltar Balão é Mó Queimação, que conscientiza a sociedade sobre o perigo que representa para a natureza a prática de soltar balões. Esta atividade é considerada crime ambiental de acordo com o artigo 41 da Lei de Crimes Ambientais (nº 9.605/98), que prevê pena de dois a quatro anos de prisão e multa para quem comete este tipo e delito.

A Feira do Ambiente contou com a participação de parceiros como Cedae, Instituto Casa do Pau Brasil, que doou mudas, a Gerência de Serviço Florestal do INEA, Grupo Anicha, Associação Terrapia e o Laboratório de Artes e Artesanatos.

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