Além das medidas emergenciais já anunciadas pelo secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc, como a atualização do mapa de risco da Região Serrana, a compra de aparelhos de medição do nível dos rios e de dois radares meteorológicos, a Secretaria de Estado do Ambiente (SEA) e o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) formaram equipes com educadores ambientais, psicólogos e contadores de estórias para visitar cada um dos abrigos dos municípios afetados pelas fortes chuvas da semana passada.
Minc explicou que a ideia nasceu durante a sua primeira visita à região. “Mal consegui dormir neste dia. As pessoas andavam como zumbis. Quem sobreviveu está sem perspectiva. Não basta organizar o ambiente, temos que apoiar recuperação da saúde emocional dos sobreviventes”, disse o secretário, que tem ido à região frequentemente para realizar reuniões com os prefeitos.
Cerca de 700 pessoas dos municípios de Petrópolis, Areal e Teresópolis já foram assistidas pelo projeto, que conta com voluntários da PUC e da Uerj. Segundo a gerente de Educação Ambiental do Inea, Pólita Gonçalves, o projeto não tem prazo para acabar: “Encerraremos as visitas progressivamente, à medida que a pessoas forem sendo atendidas pelos programas de habitação dos governos estadual e federal e pelo aluguel social da Secretaria de Estado de Assistência Social.”
Além do atendimento aos idosos, crianças e demais vítimas das enchentes, existe uma equipe que está atuando exclusivamente no cadastramento dos animais cujos donos morreram ou desapareceram. Segundo a Pólita, será iniciada uma campanha de adoção destes animais.
Todos os municípios da Região Serrana serão visitados. Em alguns, os executores desse projeto da SEA/Inea têm oferecido sessões gratuitas de cinema e apresentações circenses. Enquanto as crianças ficam envolvidas com as atividades artísticas, seus pais e avós recebem atendimento psicológico.
“As pessoas estão se sentindo só. Muitas precisam apenas conversar com alguém. Nosso trabalho é nesse sentido”, destacou Pólita.
A iniciativa conta com o apoio das secretarias estaduais da Cultura e Educação, além da Casa da Árvore, instituição ligada à Uerj, e do projeto do governo federal Cinema para Todos.
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