quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Estado adere ao Dia Mundial sem carro


Com uma simples mudança de hábito é possível trocar o carro pela bicicleta, podendo ainda usufruir das belezas naturais do Rio de Janeiro, ter mais saúde e qualidade de vida, segundo constatou a secretária de Estado do Ambiente, Marilene Ramos, ao participar nesta quarta-feira (22/9) da mobilização pelo Dia Mundial Sem Carro.


A própria secretária pedalou de Ipanema ao Centro, acompanhada do presidente do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), Luiz Firmino Martins Pereira, do diretor de Informação e Monitoramento do Inea, Carlos Fonteles, da Assessora da Diretoria de Gestão das Águas e do Território, Moema Versiani e de outros funcionários dos dois órgãos.


No Monumento Estácio de Sá, na Enseada de Botafogo, cruzaram com o secretário de Transportes, Sebastião Rodrigues Pinto Neto e seu grupo que fazia o trajeto no sentido inverso, da Praça XV para Copacabana. Marilene Ramos admitiu que manter a prática num percurso tão longo todos os dias, no seu caso é meio contraproducente, sobretudo, pelas exigências do cargo.


- Estamos avaliando a possibilidade de adotar a prática pelo menos para vindas periódicas. Para a população, com a infra-estrutura dos transportes de massa e da malha cicloviária ampliadas, acredito que a transição será natural. Muitas pessoas já adotam a bicicleta como meio de transporte, basta observar o grande número de ciclistas que circulam pela cidade – disse Marilene.


A secretária disse que quando esteve em Estocolmo e em Genebra ficou bastante impressionada com a grande quantidade de pessoas que utilizam a bicicleta como meio de transporte. Segundo ela, nas regiões centrais das duas capitais pela manhã há um número incontável de bicicletas estacionadas em áreas próximas de empresas, estações de metrô e de trens.


- E isso em condições climáticas muito mais severas que as nossas, com neve e frio extremo, os homens tendo que usar terno e as mulheres salto alto, como nós. À tarde, as pessoas limpam a neve do selim e aquele mar de bicicletas desaparece – contou Marilene Ramos.


O presidente do Inea se mostrou bastante animado com a possibilidade de vir periodicamente pedalando de Ipanema ao Centro e já fazia cálculos de horário de saída e de tempo gasto no trajeto até a Praça Mauá, onde está localizado o edifício-sede dos dois órgãos. Mas concordou com a secretária que no dia-a-dia é difícil adotar a prática, sobretudo, pela necessidade de conciliar o tempo gasto com os compromissos que os respectivos cargos exigem.


- Mas é possível sim vir pedalando uma vez por semana, por exemplo. O Rio é uma cidade convidativa para os ciclistas, pelo clima, pelas belezas naturais e pelos 150 km de ciclovias disponíveis. Além disso, menos carros nas ruas representam menos engarrafamentos e menos poluição do ar, no ano passado alcançamos uma redução foi de 15% nas emissões no Centro da cidade – lembrou Firmino.


A proposta do Dia Mundial Sem Carro é reduzir ao máximo as emissões de poluentes liberados pela queima de combustíveis fósseis, causadores do efeito estufa. Nesse dia, os governos buscam incentivar as populações a usarem os meios de transporte alternativos, como as bicicletas, ou os de massa, como metrô, trens, barcas ou ônibus, para se locomoverem.


A mobilização teve início na França, na década de 1990, com objetivo de conscientizar e incentivar a redução do uso dos automóveis, para diminuir as emissões responsáveis pelo aquecimento global e pelas mudanças climáticas, além de desobstruir o trânsito e melhorar a qualidade de vida da população. O movimento vem conquistando adesões de diversas cidades de diferentes países na última década. No Brasil, além do Rio, Florianópolis, Porto Alegre, Belo Horizonte e Niterói participam do movimento.


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