quarta-feira, 7 de março de 2012

ATERRO DE BELFORD ROXO VAI RECEBER 500 TONELADAS DE LIXO POR DIA




O município de Belford Roxo, a exemplo de Nova Iguaçu e Seropédica, é mais uma cidade da Baixada Fluminense a substituir o lixão por um aterro sanitário. O centro de tratamento de resíduos Bob Ambiental foi inaugurado, nesta terça-feira (06/03), pelo vice-governador e coordenador de Infraestrutura, Luiz Fernando Pezão; pelo secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc; pela presidente do Instituto Estadual do Ambiente, Marilene Ramos; e pelo prefeito Alcides Rolim.

Situado no bairro Recanto do Babi, o aterro é administrado pela iniciativa privada e tem capacidade para recolher até 500 toneladas de resíduos diários. O vice-governador e coordenador de Infraestrutura do Estado, Luiz Fernando Pezão, ressaltou a importância do tratamento adequado de resíduos para o município, que tem mais de 500 mil habitantes.

- Ao dar um destino devido ao lixo, um aterro sanitário ajuda a atrair empresas e investimentos para cidade, como aconteceu em Piraí, quando fui prefeito. Os lixões são uma chaga para a saúde do país - enfatizou Pezão.

Acabar com todos os lixões, substituindo-os por aterros sanitários, públicos ou privados, e dobrar o esgoto tratado até 2014 são as metas do Pacto do Saneamento, lançado pelo Governo do Estado no ano passado. Mas, no entorno da Baía de Guanabara, garantiu o secretário do ambiente, o prazo será antecipado.

- Este ano vamos passar o cadeado em todos os lixões, incluindo os de Cachoeiras de Macacu, Miguel Pereira e de outras cidades, que afetam direta ou indiretamente a Baía. Na próxima semana, será fechado o lixão de Itaoca, em São Gonçalo, e, no dia 5 de junho, o de Gramacho, o maior lixão a céu aberto da América Latina. Em todos, vamos aproveitar os catadores de lixo que hoje trabalham de forma inadequada e sujeitos a doenças, apoiando as cooperativas e a cadeia de reciclagem e incentivando a coleta seletiva pelas prefeituras - afirmou Minc.

A presidente do Inea, Marilene Ramos, informou que a empresa responsável pela administração do aterro já entrou com pedido de licenciamento para ampliar suas atividades, com usinas de triagem e de compostagem, unidade para captação do gás metano para ser transformado em energia.

- Esta será a segunda fase a ser implementada pela empresa. E temos ainda outro desafio: a remediação do lixão do bairro do Recanto, aqui em Belford Roxo - afirmou.

A presidente do Inea acrescentou que o Governo do Estado conseguiu uma verba do PAC 2, no valor de R$ 360 milhões, para realizar as obras de dragagem da segunda etapa do projeto Iguaçu nos rios Sarapuí, Botas e Iguaçu, a partir do segundo semestre. Atualmente, o Inea está canalizando 23 valões existentes na região.

Cerca de 30 dos 80 catadores do Lixão do Recanto de Babi estão sendo aproveitados pela empresa operadora do aterro, enquanto o restante formou uma cooperativa para fazer a triagem do lixo recolhido pela prefeitura e encaminhado ao novo aterro.

Em relação ao antigo lixão, a Secretaria do Ambiente fará gradativamente a remediação do material ali depositado. O projeto consiste na drenagem e tratamento do chorume, que hoje contamina o lençol freático local e o Rio Botas, e no aproveitamento do gás metano como combustível. Ao fim do processo de extinção do lixão, o local será coberto com argila e reflorestado.

Saneamento da Baixada

O secretário do Ambiente informou ainda que o Governo do Estado dispõe de R$ 48 milhões do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do Saneamento para implantação, a partir de junho, de uma rede coletora de esgoto no centro de Belford Roxo. O material recolhido será enviado para a Estação de Tratamento de Esgoto de Sarapuí.

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